A mãe Eliana

Apresentadora falou sobre maternidade na edição de maio da RG. Leia na íntegra
Eliana com o filho Arthur... #fofo

Eliana com o filho Arthur... #fofo
Na edição de maio da revista RG, Eliana falou, com exclusividade, sobre a experiência da maternidade. Leia abaixo, na íntegra, o texto assinado em primeira pessoa pela apresentadora. Have fun!


Os dedinhos do Arthur
Meu primeiro filho. Esperei muito por este momento. Aos 37 anos, vivi um sonho quando o teste indicou a gravidez. Tudo mudou para melhor. Na chegada do bebê, são inaugurados sentimentos, capítulos e fases. Com delicadeza, abre-se um espaço, tanto físico (na casa), quanto emocional (no relacionamento). Nos equilibramos nos novos papéis de pai e mãe, acrescentados aos de marido e mulher, companheiros e amigos. Nasce uma família, onde o “nosso” se consolida definitivamente; o “meu” e o “seu” ganham outra importância. Menor, claro. Em nome do rebento, o diálogo, os pactos e combinações passam a ser fundamentais, transformando qualquer tipo de conflito em uma busca constante pelo equilíbrio. Se, por um lado, ouvimos a vida toda sobre como é ter um bebê, há muitas tarefas nunca mencionadas a serem cumpridas pelo casal. E cada um descobre as suas durante essa jornada mágica e pessoal.


Creio ser necessário conversar, de maneira livre e profunda sobre a melhor forma de conduzir uma nova vida. Geralmente, há competição em torno do tema “quem sabe o que é melhor?”, mas aprendi que o consenso – mesmo quando alimentado por divergências –, é um caminho seguro e saudável.


Depois de ficar morando quase três meses em um planeta perfeito, chega o dia de voltar ao trabalho e experimentar um momento dificílimo: deixar meu bebê em casa (parece que não vou agüentar!). Movida pela necessidade e o amor ao ofício, a vida precisa seguir e o trabalho me espera, assim como acontece com quase todas as mães. De coração apertado, damos um “até logo” aos nossos filhos, tentando disfarçar o choro. Mas com eles há sempre surpresas incríveis. No auge dos seus 48 dias de vida, durante a primeira despedida, ele me deu o sorriso banguelo mais lindo de todos os tempos. Aquela gengiva à mostra e os olhinhos brilhantes me deram mais força e alegria do que jamais imaginava existir, segundos antes.


Além de uma saudade e um amor maiores do que eu, levei comigo fotos, vídeos e o celular da enfermeira, que vai ficar sempre com ele enquanto eu estiver nos estúdios, gravando. Na realidade, nunca deixarei o Arthur em casa. Mesmo longe, ele mora dentro de mim. Estamos conectados para sempre. Desde o seu nascimento, nunca mais pensei só em mim.  


Embora tenha participado de vários cursos e aulas, posso afirmar que o essencial para cuidar do Arthur eu aprendi com ele. Agora sim entendo o real sentido do “fazer o caminho caminhando”. De maneira surpreendente e natural, há conhecimentos que parecem surgir dentro de você, como se estivessem ali desde sempre, esperando a hora de se manifestar. Por essas e muitas outras razões, sinto ter me tornado um ser humano melhor depois do seu nascimento. Nunca poderia ter passado por essa vida sem sentir e conviver com meu filho Arthur. Sou muito mais forte e realizada, só pelo fato dele existir.


E como passa rápido! Ele já balbucia algumas palavras, tem quatro dentes, liga sua caixinha de música, arrisca seus primeiros passos e, pra mim, parece que estava na minha barriga até ontem. Preciso me dedicar a ser absolutamente feliz e não perder tempo com bobagens. A vida é um milagre. E o amor, a única força verdadeiramente transformadora. E eu amo esse milagre chamado Arthur. Minha maior inspiração.


Revista RG

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